Bia Haddad defende Swiatek e critica diferen�a de tratamento

Em entrevista ao New Balls Please, com Fernando Nardini e Fernando Meligeni, Bia Haddad Maia, comentou sobre os casos de doping recentes, de Swiatek e Sinner, e lembrou de quando foi suspensa.

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Beatriz Haddad Maia foi a convidada do programa semanal New Balls Please, apresentado no YouTube. Perguntada por Fernando Nardini e Fernando Meligeni sobre os recentes casos de doping de Iga Swiatek e Jannik Sinner, que geraram muita polêmica por tratamentos brandos com ambos, e a relação do julgamento destes casos com os de outros tenistas, incluindo ela prórpria Bia.

“É um assunto muito duro para os atletas, um assunto delicado, mas que tem que ser conversado. Fico triste que aconteçam casos como estes. Eu tenho certeza que a Iga jamais iria ingerir alguma coisa para ter benefício de performance, conheço a índole dela e da sua equipe, são extremamente profissionais. mas a questão é de como o julgamento é feito, como o processo é diferente para cada julgamento. Eles tratam diferente cada caso, então isso é uma coisa triste, porque é desigual. Os casos deles (Sinner e Swiatek) foi muito parecido, onde houve uma contaminação. O caso da (Simona) Halep e o meu caso, foram praticamente a mesma coisa.

Bia revela dificuldades em retorno após suspensão por doping, que durou de 11 meses, e lembra caso de Simona Halep: "O caso da Halep e o meu caso, foram praticamente a mesma coisa. A regra é clara: você é responsável pelo que está no seu corpo, mesmo em uma contaminação, igual aconteceu comigo, com a Halep, com a Iga...temos que ter uma preocupação muito grande com tudo que a gente usa, minha equipe e eu somos super cuidadosos com isso. Tenho mais de 50 reports (quando é enviado um pedido de permissão para uso de substância). Por exemplo, eu não aceito água de ninguém, nem toalhas de rosto, para não ter risco de contaminação. Sou super cuidadosa. Bia lembrou da época em que retornou do doping e passou por dificuldades nos primeiros torneios: "Eu voltei há quatro anos atrás, eu e a Ingrid (Martins, tenista) estávamos nos 'virando nos 30', voltei do doping assim. Tem uma história de que eu dormi em hostel, eu acordei e não tinha com quem treinar. Não tinha nada na geladeira do hostel, fui a pé para o clube, em época de covid, comi só um pão francês e meu aquecimento foi com o encordoador lançando bola, ele não sabia jogar. E foi assim que ganhei meu primeiro título depois da suspensão, estou até arrepiada, e as pessoas nem tem ideia disso", lembrou Bia.

Confira a entrevista na íntegra: